segunda-feira, 12 de abril de 2010

OGANS - NOSSOS AGRADECIMENTOS

Em uma casa de Orixá, seja ela de Umbanda ou Candomblé, além do sacerdote, popularmente chamado de Pai ou Mãe-de-Santo, possuem outros elementos que dão suporte aos nossos trabalhos de Umbanda, e que são por excelência considerados autoridades na casa. O Ogan é um destes elementos.
Uma das principais características destes irmãos, é a capacidade mediúnica de ativar correntes energéticas e vibratórias através do canto e do toque, dentro da Umbanda, são eles o complemento fundamental para a concepção da força vibratória de um terreiro.
Na Umbanda atual, tem sido muito comum, encontrarmos ogans que no decorrer das sessões, deixam os atabaques para integrarem a corrente e conseqüentemente manifestarem seus mentores. Neste caso, temos uma opinião pessoal á respeito, ou seja, estes irmãos não podem ser considerados como Ogans de fato, mas sim alguém que está momentaneamente ajudando a casa tocando o atabaque.
Neste sentido, é preciso esclarecer que, ser Ogan, é ser detentor de um privilegio de poucos, é ser um sacerdote específico de louvor aos orixás, é ser responsável pela alegria e vibração positiva do terreiro, responsabilidade que não se atribuí em igualdade litúrgica aos médiuns de corrente, aos quais são atribuídas outras responsabilidades dentro da linha doutrinária de cada terreiro.
Na Umbanda os Ogans são naturalmente os tocadores de atabaque, ou simplesmente “Tabaqueiros”, são elementos de extrema importância e confiança do líder espiritual da casa. O Ogan de Umbanda, é por excelência um Pai espiritual, pois normalmente são exímios conhecedores das rezas e fundamentos de cada orixá. Durante os trabalhos, sabem a hora exata de se entoar cada canto, seja ele para limpeza de um médium, ou seja para fortalecimento do terreiro.
É imprescindível salientarmos que, a Umbanda possuí ensinamentos e fundamentos específicos para a formação e fortalecimento do Ogan, enquanto parte de um corpo sacerdotal, no entanto, notamos que a falta do conhecimento em muitos casos, fazem com que o cargo ou título em questão, tenha um sentido menos valorativo em relação aos demais dentro de um terreiro, o que não é verdade!, Pois o dom, é uma dádiva de Deus, não é imposto, ele nasce com o homem.
Os fundamentos litúrgicos em relação à formação do Ogan de Umbanda, são apenas atos que confirmam o que Deus já consagrou, no entanto, a ausência destes atos na vida do Ogan, em nada diminui sua importância enquanto sacerdote, apenas deixa em aberto alguns fundamentos de suma importância para o seu crescimento espiritual, e de auto valorização do Ogan de Umbanda.
Meus amados tratem com carinho e devoção seus Ogans, pois são eles que de alguma forma, fazem com que os caminhos á serem trilhados dentro da religião, seja menos penoso, mais alegre e muito mais feliz
(Contatos com o autor: Itamar@jornaldeumbandasagrada.com.br)
Postado por COMUNIDADE UMBANDA SÃO SEBASTIÃO